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terça-feira, 29 de maio de 2018

Lima Barreto: Triste visionário (Lilia Moritz Schwarcz)






































Em monumental biografia de Lima Barreto, Lilia Moritz Schwarcz investiga as origens, a trajetória e o destino do escritor carioca sob a ótica racial no Rio de Janeiro da Primeira República. Durante mais de dez anos, Lilia Moritz Schwarcz mergulhou na obra de Afonso Henriques de Lima Barreto, com seu afiado olhar de antropóloga e historiadora, para realizar um perfil biográfico que abrangesse o corpo, a alma e os livros do escritor de Todos os Santos. Esta, que é a mais completa biografia de Lima Barreto desde o trabalho pioneiro de Francisco de Assis Barbosa, lançado em 1952, resulta da apaixonada intimidade de Schwarcz com o criador de Policarpo Quaresma — e de um olhar aguçado que busca compreender a trajetória do biografado a partir da questão racial, ainda pouco discutida nos trabalhos sobre sua vida. Abarcando a íntegra dos livros e publicações na imprensa, além dos diários e de outros papéis pessoais de Lima Barreto, muitos deles inéditos, a autora equilibra o rigor interpretativo demonstrado em Brasil: Uma biografia e As barbas do imperador com uma rara sensibilidade para as sutilezas que temperam as relações entre contexto biográfico e criação literária. Escritor militante, como ele mesmo se definia, Lima Barreto professou ideias políticas e sociais à frente de seu tempo, com críticas contundentes ao racismo (que sentiu na própria pele) e outras mazelas crônicas da sociedade brasileira. Generosamente ilustrado com fotografias, manuscritos e outros documentos originais, Lima Barreto: Triste visionário presta um tributo essencial a um dos maiores prosadores da língua portuguesa de todos os tempos, ainda moderno quase um século depois de seu triste fim na pobreza, na doença e no esquecimento.





















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quarta-feira, 28 de março de 2018

Mona Lisa (Dianne Hales)




































A história de vida da Mona Lisa, o rosto mais famoso do mundo das artes Em Mona Lisa: a mulher por trás do quadro, Diane Hales mergulha na sociedade florentina dos séculos XV e XVI em busca de respostas sobre Lisa Gherardini, a mulher retratada na pintura de Leonardo da Vinci e pouco conhecida. E seria impossível contar a história de Lisa sem falar sobre as tramas políticas que moldaram a vida das italianas durante o Renascimento, as famílias proeminentes de Florença e o papel da mulher naquela época. Diane vasculhou arquivos em estado precário, caminhou pelas ruas degradadas e conheceu a vizinhança onde Lisa nasceu, conversou com seus descendentes, e se aventurou pelos mais antigos palácios de Florença. Com a ajuda de Hales, seguimos os passos dos Gherardini até o nascimento de Lisa, seu casamento com Francesco Del Giocondo, seu encontro com Leonardo, sua vida de esposa e mãe e, por fim, sua morte. Como resultado temos uma biografia recheada de história e memória - um tour por Florença e uma jornada de descoberta que recria o dia a dia de Lisa em uma época que se equilibra entre o medieval e o moderno. Mona Lisa: a mulher por trás do quadro faz um panorama da Florença de Leonardo e Lisa e aproxima o leitor de suas trajetórias.



















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quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Os últimos dias de Stefan Zweig (Laurent Seksik)












Casa de Stefan Zweig em Petrópolis/RJ


























Um dos escritores mais lidos e traduzidos da história moderna, com cerca de 60 milhões de livros vendidos pelo mundo, o austríaco Stefan Zweig escolheu o Brasil para passar os momentos finais de sua vida no exílio. Deprimido com a expansão da barbárie nazista durante a Segunda Guerra Mundial, foi em Petrópolis que, ao lado da esposa Lotte, ele se suicidou, na noite de 22 de fevereiro de 1942. Nesta obra de ficção baseada em fatos reais, Laurent Seksik aborda aspectos psicológicos dos últimos cinco meses de vida do grande humanista Stefan Zweig. “Este romance utiliza fatos reais e acontecimentos históricos extraídos de arquivos da época, testemunhos e documentos. As declarações e reflexões de parte das personagens são baseadas nas correspondências, diários, artigos e livros dos protagonistas”, explica o autor. A partir da chegada a Petrópolis em setembro de 1941, até a data de sua morte, cinco meses depois, o livro reúne as lembranças de Zweig de uma Europa levada do auge intelectual ao horror da guerra, a depressão que tomou o escritor, mostra suas impressões sobre o país que escolheu para viver o seu exílio, pessoas com quem conviveu, como o editor Abraão Koogan e o filósofo francês Georges Bernanos, retrata o amor pela parceira Lotte, sua segunda esposa, e o orgulho que sentia por sua obra. “Petrópolis seria o lugar de todos os recomeços, sítio das origens, semelhante àquele onde o homem do pó nascia e ao pó retornava, o mundo primitivo, inexplorado e virgem, garantido pela ordem e certezas, jardim de um tempo onde a primavera reina eternamente”, diz um trecho do livro.




















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