A história do movimento e dos principais artistas do movimento Beat em graphic history. O livro conta a história do movimento beat por meio das biografias de seus principais autores, revisitando temas que cercam a sua trajetória. O livro busca uma interpretação visual e narrativa que se diferencia de uma versão literária tradicional sobre o fenômeno beatnik. Assim como os beats, o livro ousa fugir da tradição e busca uma expressão inovadora: as histórias em quadrinhos. E ganhou ainda mais importância com a morte recente do seu autor, Harvey Pekar, um dos nomes mais importantes na história das HQs, que reuniu artistas para compor o livro e escreveu a maioria dos roteiros. Em meados dos anos 1950 nos Estados Unidos, a geração beat foi responsável por uma reviravolta na literatura e no modo de vida de muitos jovens norte-americanos e depois do mundo. Forma de rejeição dos valores sociais do período pós-Segunda Guerra Mundial, os beats se caracterizaram pela boemia, o hedonismo, a aversão à ficção acadêmica e a adoção de uma narrativa de fôlego, que valorizava a prosa espontânea. Sua a escrita não linear foi influenciada pelos improvisos jazzísticos de Charlie Parker e Miles Davis e a liberdade na pintura, com o objetivo de alcançar diferentes possibilidades criativas. Com sua literatura excêntrica e verdadeira, os beats exploravam em seus escritos aventuras pelas estradas dos Estados Unidos, como Jack Kerouac em "On The Road", suas relações com drogas e a crítica social, que influenciaram as ideias e o comportamento de toda uma geração e deixa seus traços na sociedade contemporânea. O autor: falecido em 12 de julho deste ano, Harvey Pekar foi um dos maiores artistas de quadrinhos adultos dos Estados Unidos. Sua série American Splendor é cultuada por fãs do estilo e sua vida, inspiradora de sua obra, foi retratada no filme “O anti-herói americano”, que se tornou um clássico. Ele reuniu um excelente time de roteiristas e artistas para compor as histórias que formam "Os Beats".
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