Almanaque da Jovem Guarda (Ricardo Pugialli)
Este almanaque, repleto de tesouros afetivos do período musical de 1965 a 1968, é editado para fazer brilhar novamente não apenas o que Roberto chamou de jovens tardes de domingo. Saudosista com toda razão, o livro ultrapassa as citações do programa de TV que definiu o movimento para apresentar todos os ídolos da Jovem Guarda em uma espécie de jogo da memória. Venerar essa turma de arromba é como torcer por um time que nunca saiu de campo. Quatro décadas depois, o movimento comandado por Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa continua um fenômeno de público, resvalando até a geração da era digital. Discos são reeditados, espetáculos atraem multidões e DVDs alcançam vendagens surpreendentes, enquanto diferentes livros sobre aqueles embalos juvenis chegam ao mercado editorial. Pouco importa se nada será como antes: as garotas histéricas dos auditórios ganharam cabelos brancos, desapareceram as carangas, as botas sem meias ficaram demodês e o mundo perdeu por completo a ingenuidade da brotolândia. Vale mais, então, relembrar a delícia das imagens e das canções da Jovem Guarda, experiências que parecem conter um jeito pop-brasileiro de brincar de rompimentos e de não explicar o signo do atrevimento.
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