O mais significativo pintor de naïfs, o francês Henri Rousseau goza desses prestígio não apenas por ser autodidata, não seguir as normas acadêmicas de perspectiva e por se utilizar da desproporção e de cores vivas, muitas vezes irreais; mas também pela forma ingênua de encarar a própria vida. Autoditada, começou a pintar aos 40 anos. Com uma trajetória que passa por um período no exército e por um posto na Alfândega de Paris (1871-1893), daí o apelido "Le Douanier" (funcionário da alfândega), Rousseau dedica-se à pintura como hobby. Pintor à primeira vista, "ingênuo" e "inculto", em função da falta de formação especializada, dos temas pueris e inocentes, Rousseau é responsável por obras que descrevem minuciosamente uma realidade ao mesmo tempo natural e fantasiosa, que se apresenta na tela de modo inédito. Criou exóticas paisagens de selva que lembram tramas de sonho e parecem motivadas pelos sentimentos mais puros. Nos primeiros anos do século XX, após despertar a admiração de Alfred Jarry, Guillaume Apollinaire, Pablo Picasso, Robert Delaunay e outros intelectuais e artistas, seu trabalho foi reconhecido em Paris e posteriormente influenciou o surrealismo.
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